quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Serões à candeia


Este Sábado, pelas 22horas, iremos realizar "Serões à candeia" que consiste numa espécie de tertúlia que se realizará todos os meses, sempre com um tema diferente. Este serão abordará a temática das superstições na Beira.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Seca chilena


O Chile está a sofrer uma das piores secas das últimas décadas. Muitos dos poços secaram e o Governo montou uma operação de emergência para disponibilizar água a um quarto da população do país.

Foto: José Luis Saavedra


in Ecosfera Público

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Lixo tecnológico

(Gana)

Atrás, fica um campo de cinzas finas, pintalgado de lampejos dourados e verdes – os pedaços quebrados e pontiagudos de placas de circuito. Vejo agora que o fumo emerge não de uma, mas de muitas pequenas fogueiras. Alguns atiçam as chamas com paus; outros carregam nos braços grandes quantidades de cabos de computador de cores berrantes. Na sua maioria, são crianças.
Karim conta que cuida destes fogos há dois anos. Retira um emaranhado de fio de cobre do pneu velho que usou como combustível e rega com água a massa informe que chia, deixando-a numa amálgama. Uma vez libertado pelo fogo do isolante retardador da combustão que o revestia, o fio poderá render 70 cêntimos junto de um comprador de sucata metálica.

Volto a este mercado dias depois. Perto de uma pilha de cinzas semelhante, localizada sobre uma angra de onde as águas escorrem para o Atlântico após cada chuvada, Israel Mensah, um jovem com cerca de 20 anos.
Todos os dias, os vendedores de sucata trazem para ali grandes carregamentos de equipamento electrónico velho. Israel e os seus sócios compram alguns computadores ou televisores. Separam os elementos deflectores de cobre dos tubos de imagem, juncando o chão de fragmentos de vidro com teor de chumbo (uma neurotoxina) e de cádmio (um carcinogéneo lesivo para os pulmões e rins). Retiram as peças que se podem revender, como drives e chips de memória. Então arrancam todos os cabos e queimam o plástico. Israel vende o cobre arrancado de uma carga de sucata para comprar outra. O segredo para fazer dinheiro é a rapidez, não a segurança. Ali perto, caixas de monitores quebrados flutuam na lagoa. Amanhã, as chuvas empurrá-las-ão para o oceano.
Este é o destino da tecnologia obsoleta que deitamos fora...

Texto de Chris Carroll; Fotografias de Peter Essick

in National Geographic

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Carros movidos a algas


Numa época em que as preocupações ambientais estão em alta, também Portugal se juntou à corrida aos biocombustíveis. Até 2010 pretende ter dez por cento de combustíveis verdes. E uma boa parte desta percentagem poderá ser, literalmente, verde. Quem o diz é o Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação (INETI), um dos maiores centros de investigação no campo das energias renováveis em Portugal e que estuda micro algas como forma de substituto do gasóleo.

No campo dos biocombustíveis, as algas parecem surgir como a opção menos polémica, já que quase não reúnem desvantagens: não competem com as culturas agrícolas destinadas à alimentação (e por isso não fazem o preço dos alimentos subir), crescem muito rápido e podem ser colhidas todos os dias (ao contrário de outras culturas, que estão dependentes da sazonalidade), precisam de pouco mais que água e luz para se desenvolverem (podem crescer em água salobra, salgada ou até águas residuais) e geram muito mais óleo por hectare que qualquer outro vegetal.

in Ecosfera Público

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

A maior lixeira flutuante do mundo fica no oceano Pacífico e estende-se do Japão ao Havai

Uma equipa de oceanógrafos norte-americanos chama “sopa de plástico” aos cem milhões de toneladas de resíduos que flutuam no Oceano Pacífico desde o Japão ao Havai. Dizem que é a maior lixeira do mundo, com o equivalente a duas vezes o tamanho dos Estados Unidos. Está a ser acompanhada desde 1997 e, desde então, não tem parado de crescer.

O oceanógrafo Curtis Ebbesmeyer compara a lixeira flutuante a um ser vivo. “Move-se como um animal enorme”. Quando chega a terra, no arquipélago do Havai, a praia fica coberta de lixo.

Cerca de um quinto dos resíduos provêm de descargas de navios e de plataformas petrolíferas. O resto vem do continente.

Segundo a ONU, os resíduos de plástico são responsáveis pela morte de mais de um milhão de aves marinhas e mais de cem mil mamíferos marinhos por ano.

in Ecosfera Público