«Aquilo que se vê é crescimento espontâneo de pinheiros e vegetação, aos milhares. Há zonas de floresta onde o mato já é tanto que nem se consegue entrar. Se tivermos o azar de aparecer um fogo com algumas proporções vamos ter outra vez uma tragédia. Não temos dúvida disso», disse José Marques, presidente da Câmara de Oleiros.
A falta de reflorestação nas zonas ardidas é outro dos problemas e José Marques aponta o dedo à falta de apoio do Governo: «Os responsáveis governamentais não estão sensibilizados para esta realidade. E, sem garantias, os proprietários também não apostam na floresta, porque receiam que volte tudo a arder».
«Muitas áreas ficaram abandonadas e não tiveram qualquer intervenção. O grande problema é que as propriedades são muito pequenas, as pessoas têm dificuldade em se agrupar e deixam a vegetação nascer espontaneamente. Se um dia volta a haver um incêndio grande, continuamos com os mesmos problemas», afirmou Joaquim Morão, presidente da Câmara de Castelo Branco.
As Zonas de Intervenção Florestal (ZIF), figura legal criada para agrupar proprietários, «têm estado em constituição e esperamos que assim se ultrapasse o problema». Mas, para Paulo Fernandes, vereador na Câmara do Fundão, é preciso aligeirar as leis que criam as ZIF, pois «a chave do problema está em juntar todos os pequenos proprietários para criar uma economia florestal».
in IOL Diário
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